O primeiro dia de Bienal foi muito movimentado no estande do Skeelo. Iniciando os debates do Skeelo Talks na parte da tarde, a influenciadora Karine Leôncio, mais conhecida como Kabooktv foi a mediadora da mesa com o tema “Do independente para editora e seus nichos”. As convidadas Malu Simões e Julia Braga falaram sobre suas carreiras como escritoras independentes e como seus caminhos foram guiados até as editoras.
Malu Simões é autora de “Imperfeito para o meu coração”, que foi lançado na Bienal, publicado pela editora Allbook e com exclusividade em ebook no app do Skeelo.
Julia Braga é autora de “Eu, cupido”, publicado pela editora Nacional, disponível em ebook no Skeelo e também disponível para compra na Skeelo Store.
As autoras falaram muito sobre as formas independentes de publicação, enfatizando as possibilidades de criação, divulgação, alcance e também de feedbacks dos leitores. Quando falaram sobre as editoras, o assunto em comum foi a produção dos livros. “Foi um alívio saber que meu livro estava na mão de pessoas que conseguem me ajudar da melhor forma possível, com vários profissionais trabalhando”, disse Julia. Malu concordou, reforçando que tem um bom relacionamento com a editora e que se sentiu segura e tranquila. Ela também aproveitou e deu uma dica para autores independentes: “Mesmo que você seja independente, mande para um profissional, porque isso vai dar outro olhar para a sua própria obra”.
As autoras também falaram sobre os feedbacks que recebem durante a preparação dos livros. Malu Simões contou que tem uma mentora literária anual para enviar capítulos novos e conversar sobre a história, recebendo feedbacks constantes antes de mandar para a editora.
Ambas pontuaram que vivem processos criativos intensos, escrevendo várias histórias simultaneamente, e que a maior dificuldade que enfrentam é o tempo para escrever por conta de suas rotinas, mas que procuram exercitar a criatividade. Malu também ressaltou que seu maior desafio é escrever histórias de época porque gosta muito do contemporâneo.
Confira a entrevista completa:
Paulo Ratz entrevista Aimee Oliveira, Sara Fidélis e Bárbara Sá
Logo depois, o influenciador e embaixador do Skeelo, Paulo Ratz, conduziu a mesa “Era Uma Vez… Vilãs”, com as convidadas Aimee Oliveira, Sara Fidélis e Bárbara Sá. As três autoras da editora Increasy são responsáveis pelos contos da antologia. Aimee Oliveira é a autora de “Viúva cansada procura”, Sara Fidélis é a autora de “A morte lhe cai bem” e Bárbara Sá é a autora de “Malvada”. Todos estão disponíveis em ebook no Skeelo.
Paulo iniciou a mesa perguntando sobre as relações das vilãs dos contos com as histórias originais. Aimee uniu todas as personagens da Cinderela em um apartamento durante um chá de bebê, tentando dar um tom de comédia para a madrasta com personalidade ranzinza. Bárbara responde que a Elba foi inspirada na Bruxa Má do Oeste, do clássico O Mágico de Oz, confessando o desafio que encarou durante a construção da personagem. Por fim, Sara falou sobre como a sua paixão por histórias da mitologia fez com que ela pudesse criar a Hadessa, uma médica legista inspirada no Hades, vilão da animação Hércules.
Quando questionada sobre o processo de escrita e edição dos livros e se existe alguma diferença entre escrever contos e escrever romances maiores, a autora Sara Fidélis responde: “O conto tem uma característica muito particular de ter apenas um problema a ser solucionado, é uma história pequena. Foi difícil para mim porque eu sempre fico com a sensação de que vai ficar superficial”. Bárbara argumentou com o oposto: “Para mim, o mais difícil é escrever livros, porque quando você escreve um romance maior, você tem que colocar mais rodeios no meio do caminho. No conto as coisas são mais diretas”.
As convidadas também falaram sobre suas inseguranças e como costumam reagir às críticas. “Eu escrevia com um perfil fake na época do Orkut”, conta Aimee, “Depois fui desbravando outras plataformas e, assim, me expondo um pouco mais. A primeira crítica negativa aconteceu quando a história chegou em um arco e tudo se bagunçou. As pessoas me odiaram, recebi muitas críticas, eu sabia que aquilo estava acontecendo porque eles estavam envolvidos com a leitura, mas fiquei muito mal. Porém, eu também sabia que precisava continuar postando porque a história ia se resolver. No fim, deu tudo certo”.
Bárbara disse que sempre soube que poderia receber críticas: “Pensei ‘tudo bem, nem sempre todo mundo gosta do livro inteiro, tem pessoas que não gostam de partes específicas’, mas tento não ler os comentários negativos”. Sara também não costuma ler comentários, confessou que geralmente lê as primeiras 100 avaliações.
Por fim, foi feita uma rodada de perguntas da plateia para que as autoras pudessem interagir com o público.
Confira a entrevista completa: