Março é o mês das mulheres e nós, do Skeelo, resolvemos trazer uma série de artigos que trazem visibilidade e reconhecimento às vozes femininas do mundo da literatura. O primeiro artigo dessa série não poderia ser outro senão o de autoras clássicas. Dê uma olhada!

O que define um clássico?

Nas artes, essa palavra é utilizada para descrever obras ou artistas que servem de inspiração atemporal, dada sua originalidade. Apesar de muitas vezes ser confundida com “velho”, a expressão “clássico” leva um significado que vai muito além da idade.

É possível reconhecer obras atuais que, por muitos, são vistas como clássicas — como é o caso de Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, e Tudo é Rio, de Carla Madeira. Livros em que as histórias não perdem sua potência com o passar do tempo e que certamente inspiram os demais autores são os verdadeiros clássicos.
É evidente a influência de obras mais antigas sobre as demais gerações de artistas, e é importante lembrar que a leitura de clássicos é uma riquíssima fonte de repertório sociocultural!

Autoras clássicas na literatura mundial

Explicada a expressão, conheça agora algumas autoras que marcaram a história e os rumos da literatura mundial!

Jane Austen

Nascida em 1775 em uma vila no interior da Inglaterra, Jane Austen é uma das maiores autoras inglesas. Com sucessos como Emma, Persuasão e Orgulho e Preconceito, suas obras são estudadas, referenciadas e amplamente comercializadas há centenas de anos.

Austen inovou ao escrever com ousadia, descrevendo a sociedade de suas narrativas com toques irônicos e satíricos. A acidez é típica da escrita da autora, o que demonstra uma irreverência levando em consideração os escritos do século XVIII, o que potencializa ainda mais a obra de Jane Austen.

Virginia Woolf

Diferente de muitas mulheres da época, Virginia Woolf teve, desde jovem, contato com o mundo da literatura. Filha do escritor Leslie Stephen, a autora sempre se conectou com as artes e frequentou círculos intelectuais.

As obras de Woolf são conhecidas por sua escrita que combina fluxos de consciência com profundas questões psicológicas de seus personagens. Alguns de seus sucessos são Orlando, Mrs. Dalloway e Um Teto Todo Seu, livros que trazem temas muito atuais e, até hoje, polêmicos, como feminismo, questões de gênero e liberdade.

Irmãs Brontë

Charlotte, Emily e Anne Brontë são irmãs nascidas nos anos 1800 que ficaram mundialmente conhecidas por escreverem romances e poemas. As três mulheres atuaram sob pseudônimos masculinos em suas obras mais marcantes, estratégia comum na época, visto que mulheres não costumavam ser bem aceitas no meio literário.

O trio criou grandes e importantes obras, dentre elas: Jane Eyre, escrita por Charlotte Brontë; O morro dos ventos uivantes, escrita por Emily Brontë; e Agnes Grey, escrita por Anne Brontë. Apesar das vidas curtas (todas as irmãs faleceram antes dos 40 anos) e de sua origem de um pequeno vilarejo inglês, as irmãs fizeram história na literatura mundial.

Agatha Christie

Nascida em uma família abastada da Inglaterra, Agatha Christie começou a escrever pequenos textos ainda na infância. Ela iniciou a escrita de seu primeiro livro enquanto atuava como enfermeira durante a Primeira Guerra Mundial.

Os livros de Agatha são reconhecidos pelos crimes, pela forte descrição de personagens e pela investigação que os cercam. A maior escritora de romances policiais faleceu em 1976, na Inglaterra, e deixou uma vasta lista de inovações literárias e mais de noventa livros escritos. Dentre eles, se destacam Assassinato no Expresso Oriente, Morte no Nilo e E não sobrou nenhum.

Louisa May Alcott

Em 1832, nasceu, nos Estados Unidos, Louisa May Alcott, autora de um dos livros mais conhecidos do mundo. Antes de Mulherzinhas, Alcott já escrevia há cerca de dez anos, mesmo que não fosse tão reconhecida pelo público, levando uma vida pobre e de diversos trabalhos temporários.

A escrita do grande sucesso que foi (e ainda é) Mulherzinhas surgiu como um trabalho temporário, e foi o que levou a Louisa a um patamar até então inesperado. Depois disso, escreveu outros livros como continuação dessa obra, levando-a ao cinema e ao teatro tempos depois e permanecendo muito vendida até hoje.

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