A luta em palavras: autoras importantes para a construção do feminismo!

A busca por direitos iguais entre os gêneros não começou recentemente. Há séculos, mulheres tentam ser ouvidas das mais diversas formas. Uma delas foi pela escrita de livros. Com o tempo, a luta se intensificou, ganhou forma e cada vez mais obras.

Confira algumas escritoras muito importantes para o fortalecimento do movimento feminista!

Simone de Beauvoir

“Não se nasce mulher, torna-se mulher”

Dona de uma das frases mais célebres do feminismo, Simone de Beauvoir é considerada uma das grandes intelectuais do movimento social. Nascida em 1908, na França, a menina teve criação cristã e conservadora, mas cedo se mostrou rebelde aos valores até então impostos.

Foi escritora, filósofa, ativista e professora. Viveu com Jean Paul Sartre, famoso pensador da época, mas não casaram nem tiveram filhos. Se envolveu em polêmicas sobre seu comportamento e posicionamento em assuntos como orientação sexual, papel de gênero, não monogamia, liberdade sexual.

Conheça a obra da autora: O segundo sexo, de Simone de Beauvoir

Lélia Gonzalez

“A mulher negra é o grande foco das desigualdades sociais e sexuais existentes na sociedade brasileira.”

Nasceu em Minas Gerais, em 1935 e se mudou para o Rio de Janeiro ainda criança. Começou a trabalhar como empregada doméstica e babá muito cedo, e sempre se mostrou insatisfeita com suas atribuições, devido a sua revolta, não seguiu trabalhando em casas de família. Diferente da maioria das mulheres negras da época, concluiu o Ensino Médio, se formou em História e Geografia e cursou bacharelado em Filosofia na atual UERJ.

Trabalhou como professora universitária na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Gama Filho. Tornou-se um nome essencial no Movimento Negro Unificado, na formação do Partido dos Trabalhadores, na elaboração da Constituição de 1988, no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, e em diversos movimentos sociais e políticos da década.

Confira panorama da obra da escritora: Por um feminismo afro-latino-americano, de Lélia Gonzalez

bell hooks

“Honrar a nós mesmas, amar nossos corpos, é uma fase avançada na construção de uma autoestima saudável.”

Autora, professora e ativista, bell hooks (pseudônimo de Gloria Jean Watkins) publicou dezenas de obras e se consolidou como um dos grandes nomes da luta feminista e antirracista nos Estados Unidos. Nascida em 1952, a americana foi criada em uma cidade pequena, povoada por trabalhadores como seus pais. A criação humilde a fez ver o mundo a partir da forma com a qual a classe social, o gênero, a raça e os demais aspectos sociais impactam diretamente a vida do indivíduo.

Com muito esforço, bell hooks conseguiu uma bolsa de estudos para se graduar em Letras em Stanford e, a partir de então, seguiu sua carreira como professora e pensadora. Deu aulas em escolas básicas, universidades, participou de palestras e movimentos político-sociais. Com discursos objetivos e de fácil linguagem, provocou e influenciou até a sua recente morte em 2021.

Leia, na íntegra, a visão de feminismo da ativista: O feminismo é para todos, de bell hooks

Sueli Carneiro

“Nós, mulheres negras, somos a vanguarda do movimento feminista nesse país.”

Uma das principais pensadoras do movimento feminista e antirracista da atualidade, Sueli Carneiro nasceu em 1950 no estado de São Paulo. Graduada em Filosofia e Doutora em Educação pela USP, atua até os dias de hoje nas mais diversas frentes de luta.

Criou o Geledés (instituto direcionado a mulheres negras), o Projeto Rappers, a fim de dar voz aos jovens e participou ativamente de projetos e organizações que visam a equidade entre gêneros e raças. É premiada e homenageada com frequência dada a sua genialidade e importância aos avanços nas discussões sociológicas do país.

Conheça uma de suas obras mais importantes: Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil, de Sueli Carneiro

Chimamanda Ngozi Adichie

“O problema com a questão de gênero é que ela dita como nós devíamos ser, ao invés de reconhecer como nós somos.”

Nigeriana nascida em 1977, Chimamanda é uma das mais jovens desta lista. Filha de professor universitário e de administradora, sempre teve muito incentivo aos estudos. Estudou comunicação e ciências políticas na graduação e é mestre em escrita criativa, em artes e em estudos africanos.

Conhecida por seus livros de ficção, por suas obras não ficcionais e pelos discursos impactantes e potentes, a artista consegue levar a mensagem feminista de diferentes maneiras à sua audiência. Ela escreve e palestra, também, sobre questões sociais voltadas à imigração, à raça e às diferenças sociais.

Leia um dos sucessos de Chimamanda: Sejamos todos feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie

Letícia Nascimento

“O transfeminicídio seria a expressão mais potente e trágica do caráter político das identidades de gênero.”

Metade paraibana e metade piauiense, Letícia foi a primeira transexual a fazer parte do corpo docente da Universidade Federal do Piauí (UFPI). É considerada uma referência contemporânea de transfeminismo, movimento que nomeia seu primeiro livro,  Transfeminismo, lançado pela Coleção Feminismos Plurais em 2021.

Ela é professora universitária, pedagoga, escritora, ativista, arte terapeuta e acadêmica. Seu nome se fortalece a cada dia, visto que as pautas voltadas à transexualidade ganham mais volume e as causas LGBTQIA+, mais espaço.Confira o livro Transfeminismo, de Letícia Nascimento.

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