8 lições de negócios que podemos aprender com Ruth Handler, a criadora da Barbie

Quando você pensa em Barbie, quais são as imagens que vem à sua cabeça? Boneca, mundo cor de rosa, glitter… e negócios? Por trás do sucesso grandioso da Barbie, temos uma grande empresária: Ruth Handler, a criadora dela.

Em Barbie e o império da Mattel, Robin Gerber traz a incrível, inspiradora e trágica história real de como Ruth Handler construiu a maior empresa de brinquedos do planeta e criou a boneca que se tornou ícone internacional atemporal. Por isso, antes de pegar sua pipoca e correr para o cinema para assistir “Barbie”, confira a seguir 8 lições da criadora da boneca mais famosa do mundo para o sucesso do seu próprio negócio:

“Trabalhar foi o que me fez crescer, o que fez de mim quem sou.”

Ruth Handler

1. Reconhecer tendências e desejos

A ideia da Barbie começou a tomar forma na cabeça de Ruth quando, ao analisar os brinquedos disponíveis no mercado, percebeu que as bonecas eram, em sua maioria, bonecas bebês. Ao ver sua própria filha, Barbara (já pegou a referência do nome da Barbie aí?), brincando com bonecas de papel, trocando suas roupinhas e criando histórias, Ruth concluiu que as meninas queriam exercer mais do que o papel de mães de bonecas bebês: elas queriam brincar de ser adultas. 

2. Ver além do projeto principal

Além de identificar essa primeira tendência e começar o projeto da Barbie, Ruth Handler viu que o negócio tinha potencial para ir muito além da boneca. Roupas, acessórios, móveis e outros itens poderiam complementar a brincadeira – e a renda da Mattel. Ou seja, uma boa ideia nunca nasce sozinha; ela sempre tem complementos, que podem aperfeiçoá-la.

3. Planejar seu negócio sem perder seu emprego

Não é só porque Ruth teve uma ideia genial que ela jogou tudo para o alto e foi trabalhar exclusivamente nela. Quando ela e o marido, Elliot começaram a desenvolver o projeto da boneca Barbie, entre outros brinquedos, moravam em Los Angeles e Ruth trabalhava na indústria do cinema: era secretária nos estúdios da Paramount. Contudo, o que seria o início da Mattel foi feito em paralelo, nas horas vagas do trabalho. Apenas quando o negócio começou a ter algum faturamento que Ruth e Elliot passaram a se dedicar cem por cento à empresa.

4. Buscar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Neste aspecto, infelizmente, Ruth Handler é mais um exemplo do que não fazer do que um exemplo a ser seguido, mas serve como aprendizado. Ruth se jogou de cabeça no trabalho da Mattel, e reconheceu em diversas ocasiões que sua dedicação excessiva ao trabalho fez dela uma mãe mais ausente do que gostaria, e muitas vezes só falava com o marido sobre a empresa que administravam em conjunto. No final da vida, ela buscou se aproximar mais dos filhos.

5. Ignorar os comentários que não agregam valor

Por trabalhar em fábricas, Ruth Handler era vista sempre na companhia de muitos homens. Ela também sabia dirigir caminhões – e de salto alto. Isso, claro, despertava comentários nada agradáveis de outras pessoas, mas Ruth nunca deu ouvidos às fofocas. Sua concentração no trabalho era maior do que qualquer comentário maldoso. Críticas construtivas, sim, eram bem-vindas.

6. Respeitar a todos do jeito que são

A parceria entre Ruth e Elliot se estendeu para além do casamento e migrou para o profissional – e muito desse sucesso se deve ao reconhecimento, por parte de ambos, das habilidades de cada um para o desenvolvimento do negócio. Enquanto Elliot era mais focado no design e na fabricação dos brinquedos, Ruth lidava mais com a administração da empresa e com o marketing; apesar de ambos darem seus “pitacos” no trabalho um do outro, respeitavam a decisão final de cada um. Outra coisa que para as décadas de 1940 e 1950 ainda era raro, mas que estavam presentes desde o começo da Mattel, era a diversidade. “Enquanto outras fábricas tinham seu espaço dividido por raças, a linha de produção da Mattel não só empregava muitas mulheres, como aceitava etnias diversas. Negros, brancos, asiáticos e mexicanos trabalhavam lado a lado em áreas de espaço reduzido. Ruth afirmou nunca ter parado para pensar na formação racial da sua força de trabalho”, escreve Robin Gerber em seu livro.

7. Manter bons relacionamentos

Além de reconhecer os diferentes talentos das pessoas, Ruth Handler também sabia que um bom relacionamento entre os funcionários e fornecedores era fundamental para o sucesso do negócio. Ela fazia questão de ser chamada de Ruth pelos colaboradores da Mattel – e sabia que quando virava “Sra. Handler”, algo estava errado. Ela e o marido também faziam questão de organizar eventos com todos os funcionários, para promover a integração da equipe.

8. Reconhecer a força de ser mulher

Sendo uma profissional da indústria, em plena década de 1940, não é preciso dizer que Ruth Handler sofreu com o machismo em diversas situações. “A ascensão de Ruth em um mundo corporativo dominado por homens fez dela um alvo”, reflete a autora de “Barbie e o império da Mattel”. Mesmo quando seu trabalho era reconhecido, havia um porém. Um dos exemplos mais famosos foi quando Ruth Handler foi nomeada vice-presidente do conselho da Toy Association; ela foi a primeira mulher no cargo – e também a primeira vez em que havia dois vice-presidentes do conselho, ela e um homem. Em entrevistas, Ruth afirmou que se sentiu “muito aborrecida” com essa situação, mas manteve seu foco. “Usaram diversos exemplos para me fazer compreender que eu era considerada um acaso e um engano; isso me causava grande insegurança. Eu tinha todo tipo de sentimentos misturados – mas a situação também me dava, estranhamente, um forte sentimento de poder.”

“Sou a pessoa mais independente que conheço.”

Ruth Handler

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