Britney Spears: o que já sabemos da biografia

Uma das histórias mais aguardadas está prestes a ser contada em detalhes: no dia 24 de outubro, Britney Spears lança sua primeira autobiografia. O livro “A Mulher em Mim” está chamando a atenção até de quem não acompanha a vida da artista, isso porque algumas passagens polêmicas foram divulgadas nas últimas semanas.

A autobiografia abordará assuntos como o vício de Britney em álcool e cigarros desde muito nova, o relacionamento com Justin Timberlake e a tão falada tutela a que Britney foi submetida durante anos. Confira abaixo o que sabemos até agora:

Adolescência com assédios e objetificação

Britney revela que foi exposta a drogas ilícitas desde muito cedo. Aos 13 anos de idade, sua mãe costumava oferecê-la um drink à base de rum durante algumas viagens para a praia de Biloxi, no Mississippi.

A cantora também conta que teve sua primeira relação sexual aos 14 anos, apesar de sua equipe sempre procurar manter sua imagem “pura” na mídia.

Em 1998, Britney inaugurou sua carreira solo com o hit …Baby One More Time e afirma que se sentia olhada de cima a baixo por produtores de gravadoras famosas: “Todo mundo fazia comentários estranhos sobre meus seios, querendo saber se eu tinha feito ou não uma cirurgia plástica”, conta a cantora.

O aborto e o relacionamento com Justin Timberlake

Quem viveu no auge dos anos 2000 pode ter muitas memórias desse casal: Britney Spears e Justin Timberlake namoraram durante três anos e eram os queridinhos da mídia. Britney conta que era muito apaixonada pelo cantor e usa a palavra “magnética” para definir a relação.

No ano de 2000, Britney descobriu que estava grávida, mas Justin não estava pronto para ser pai. Então, ambos optaram pelo aborto. “Era importante que ninguém soubesse da gravidez ou do aborto, o que significava fazer tudo em casa”, revela a cantora.

Britney conta que o processo foi extremamente doloroso e que ficou deitada no chão do banheiro durante horas. Ela descreve o procedimento como “agonizante” e que ainda se lembra da dor e do medo que sentiu. Justin, que estava presente no momento, pensou que a música pudesse ajudá-la, então pegou seu violão e ficou dedilhando-o no banheiro.

Após a divulgação deste trecho, a equipe de Timberlake divulgou uma nota que afirma que gostaria de deixar “tudo o que aconteceu no passado para trás”.

O término do relacionamento também foi muito conturbado: a cantora revela que ficou insatisfeita ao assistir o clipe de Cry Me a River, música em que Timberlake diz que foi traído. Um dos rumores do fim do namoro foi confirmado por Britney, que de fato beijou o coreógrafo Wade Robson enquanto namorava. Porém, também existiam diversos boatos de infidelidade de Timberlake.

Drogas, álcool e festas

Britney não se poupa quando fala sobre as festas que frequentava, porém também não deixa de criticar a postura da mídia: “Nunca foi tão selvagem como a imprensa retratou”. A artista afirma que não costumava usar drogas e nunca foi viciada em álcool.

Porém, Britney revelou que fazia uso de Adderall, medicamento para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, além de Vicodin por conta de um machucado no joelho e Prozac, para depressão.

2007: um dos anos mais conturbados

Constantemente assediada por paparazzi e tabloides americanos, Britney revela que atingiu um ponto muito crítico no ano de 2007: raspou a cabeça e atacou o carro de um fotógrafo com um guarda-chuva. A cantora conta que estava se sentindo fora de controle por causa da tristeza que sentiu após a morte da tia.

Na mesma época, ela entrava em uma disputa pela guarda dos filhos Jayden e Sean, frutos de seu relacionamento com o ex-marido Kevin Federline. “Estou disposta a admitir que, no auge de uma grave depressão pós-parto, abandono do meu marido, a tortura de ser separada dos meus dois filhos, a morte da minha adorada tia Sandra e o bombardeio dos paparazzi, comecei a pensar de certa forma como uma criança”, afirma.

Sobre a decisão de raspar os cabelos, Britney diz que aquilo era uma reação ao controle extremo sobre sua imagem: “Fui olhada de cima a baixo, as pessoas me contavam o que achavam do meu corpo desde que eu era adolescente”.

Após estes acontecimentos, a cantora foi para reabilitação, o que ela já afirmou ter sido forçado em algumas ocasiões.

2008: o início da tutela

Nesse ano, James Spears, pai da cantora, foi nomeado como o responsável pela vida pessoal e financeira da artista. A tutela durou 13 anos e só teve fim no ano de 2021.

Britney diz que tudo o que ela fazia era monitorado o tempo todo, inclusive relacionamentos. Seus seguranças a entregavam envelopes de remédios e ficavam aguardando para que ela tomasse tudo, seu telefone tinha controle parental e a cantora afirma que teve um DIU implementado em seu corpo sem consentimento.

A tutela também se expandia para sua vida artística: a cantora era proibida de atualizar o setlist dos shows e era exposta a rotinas incansáveis de trabalho. “Eu estava doente demais para escolher meu próprio namorado, mas estava saudável para aparecer em sitcoms e programas matinais, me apresentar para milhares de pessoas em uma parte diferente do mundo a cada semana”, desabafa. “A partir deste ponto, comecei a pensar que James me via como alguém colocado na terra por nenhum outro motivo além de ajudar no fluxo de dinheiro”.

Britney ainda diz que chegou a pensar que sua família estava tentando matá-la: “Não me restava muita luta. Eu estava cansada e com medo. Depois de ser colocada em uma maca, eu sabia que eles poderiam conter meu corpo sempre que quisessem. Eles poderiam ter tentado me matar, pensei”.

#FreeBritney, o começo do fim

No final do ano de 2018, Britney foi obrigada a ficar três meses na reabilitação, onde ela conta que foi obrigada a tomar lítio, dormir antes das 21h e não assistir televisão.

Foi nessa clínica que a cantora ficou sabendo do movimento #FreeBritney. Apesar de ter uma família que parecia não se importar com nada além do dinheiro que Britney rendia, os fãs nunca a deixaram de lado. Uma enfermeira foi a responsável por mostrar diversos vídeos de fãs lutando para que a tutela chegasse ao fim. “Aquilo foi a coisa mais incrível que já vi na minha vida. Não acho que as pessoas saibam o quanto o #FreeBritney significou pra mim, especialmente no início”, ela diz na biografia.

Quando a tutela foi encerrada, Britney disse que se sentiu muito aliviada e que o pai a assustava desde quando ela era uma criança: “Ele fez mais do que qualquer pessoa para minar minha autoconfiança”.

A atual relação com a família e o retorno aos palcos

Britney diz que continua mantendo uma relação distante e complicada com a família, principalmente com a irmã Jamie Lynn Spears. Britney revela que enviou uma mensagem de texto para a irmã, pedindo ajuda para sair da clínica de reabilitação. Porém, Jamie apenas respondeu: “Pare de lutar… Não há nada que você possa fazer sobre isso, então pare de lutar”.

A cantora afirma que ainda não entende como Jamie Lynn e o pai desenvolveram um relacionamento tão bom: “Ela sabia que eu estava pedindo ajuda e que ele estava me perseguindo. Eu senti que ela deveria ter ficado do meu lado”.

Quando a tutela chegou ao fim, Britney diz que sentiu muitas coisas com a traição de sua família: “Minha irmã e eu deveríamos ter encontrado conforto uma na outra, mas não foi o caso. Enquanto eu lutava contra a tutela e recebia muita atenção da imprensa, ela escreveu um livro capitalizando isso. Ela contou histórias obscenas sobre mim, muitas delas dolorosas e ultrajantes”, desabafa.

Sobre a volta à indústria, Britney já disse algumas vezes que não tem interesse. “Avançar em minha carreira musical não é o meu foco no momento. É hora de eu não ser alguém que outras pessoas querem. É hora de realmente me encontrar”, conclui.

A mulher em mim, de Britney Spears | Buzz Editora
Ebook "A Mulher em Mim", de Britney Spears.

Sinopse: A mulher em mim é uma história corajosa e surpreendentemente comovente sobre liberdade, fama, maternidade, sobrevivência, fé e esperança. Em junho de 2021, o mundo inteiro ouvia Britney Spears falar, publicamente, em uma corte perante uma juíza. O impacto ao compartilhar a sua voz — a sua verdade — foi inegável e mudou o curso tanto de sua vida como a de inúmeras outras pessoas. A mulher em mim revela pela primeira vez a incrível jornada e a força interior de uma das maiores artistas da história da música pop. Extraordinariamente escrita de forma sincera, direta e humorada, a inovadora autobiografia de Britney Spears esclarece o poder duradouro da música e do amor — e a importância de uma mulher contar a sua própria história, em seus próprios termos, finalmente.

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