The White Lotus: descubra os livros citados na minissérie

Favorita das premiações, série mostra a rotina de funcionários e hóspedes em um resort de luxo.

The White Lotus: descubra os livros citados na minissérie
Confira os livros citados em The White Lotus, minissérie da HBO (Foto: Reprodução/HBO)

A minissérie The White Lotus, da HBO, é uma das favoritas dentro das premiações, tendo ganhado, em sua segunda temporada, o Globo de Ouro de “Melhor Minissérie” e “Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie” para Jennifer Coolidge — que também faturou na mesma modalidade no Critics Choice Awards. A obra também foi a grande vencedora do Emmy 2022, com a primeira temporada levando cinco estatuetas.

A tragicômica e desconfortável The White Lotus mostra a rotina dos funcionários e hóspedes de uma rede de resort de luxo em localidades de tirar o fôlego. A primeira temporada tem sua trama desenrolada no Havaí e a segunda na Sicília, com humor ácido e muita sátira social.

Ao decorrer de suas duas temporadas, cenas dos personagens tirando um tempo para ler algum livro são bem comuns - e não estão lá por acaso. De acordo com Mike White (Escola de Rock), diretor e roteirista da série, os títulos dos livros que aparecem em The White Lotus são muito bem pensados e ajudam a trazer um pouco da personalidade de cada personagem.

Confira alguns dos livros lidos pelos personagens ao longo das duas temporadas de The White Lotus:

Sextante

Sinopse: Baseado em fundamentos científicos, Blink é um livro sobre como podemos julgar, decidir e fazer escolhas sem refletir muito a respeito. Para explicar o conceito, Malcolm Gladwell apresenta histórias impressionantes, como o caso do especialista em arte que, num único relance, descobriu que uma escultura comprada por uma fortuna pelo Museu Getty era uma falsificação; o produtor que percebeu todo o potencial de Tom Hanks no instante em que o conheceu; o psicólogo que, só de observar um casal conversar por apenas alguns minutos, consegue prever quanto tempo vai durar aquele relacionamento; entre outras.

Blink revela que, para tomar uma grande decisão, não é necessário processar mais informações ou deliberar por mais tempo, e sim desenvolver a arte de filtrar, a partir de inúmeras variáveis, as poucas informações que realmente importam.

A amiga genial, de Elena Ferrante (Lido por Rachel)

Biblioteca Azul

Sinopse: A reclusa autora italiana que conquistou a crítica internacional tem sua série napolitana lançada no Brasil pela Biblioteca Azul. Aclamada pela crítica e pelo público, Elena Ferrante se tornou conhecida por escrever sobre questões íntimas com muita clareza, sem se expor para divulgar seus livros. Sua ficção parece apresentar traços autobiográficos, mas não é possível identificar os pontos comuns entre sua vida e sua obra, uma vez que a escritora se recusa a comentar sua intimidade.A Série Napolitana, formada por quatro romances, conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. O primeiro, A amiga genial, é narrado pela personagem Elena Greco e cobre da infância aos 16 anos. As meninas se conhecem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na década de 1950. Elena, a menina mais inteligente da turma, tem sua vida transformada quando a família do sapateiro Cerullo chega ao bairro e Raffaella, uma criança magra, mal comportada e selvagem, se torna o centro das atenções. Essa menina, tão diferente de Elena, exerce uma atração irresistível sobre ela.As duas se unem, competem, brigam, fazem planos. Em um bairro marcado pela violência, pelos gritos e agressões dos adultos e pelo o medo constante, as meninas sonham com um futuro melhor. Ir embora, conhecer o mundo, escrever livros. Os estudos parecem a melhor opção para que as duas não terminem como suas mães entristecidas pela pobreza, cansadas, cheias de filhos. No entanto, quando as duas terminam a quinta série, a família Greco decide apoiar os estudos de Elena, enquanto os Cerrulo não investem na educação de Raffaella. As duas seguem caminhos diferentes. Elena se dedica à escola e Raffaella se une ao irmão Rino para convencer seu pai a modernizar sua loja. Com a chegada da adolescência, as duas começam a chamar a atenção dos rapazes da vizinhança. Outras preocupações tornam-se parte da rotina: ser reconhecida pela beleza, conseguir um namorado, manter-se virgem até encontrar um bom candidato a marido.Mais que um romance sobre a intensidade e complexa dinâmica da amizade feminina, Ferrante aborda as mudanças na Itália no pós-guerra e as transformações pelas quais as vidas das mulheres passaram durante a segunda metade do século XX. Sua prosa clara e fluída evoca o sentimento de descoberta que povoa a infância e cria uma tensão que captura o leitor.

A interpretação dos sonhos, de Sigmund Freud (Lido por Paula)

Nova Fronteira

Sinopse: A interpretação dos sonhos é um dos maiores clássicos da literatura científica. Publicado oficialmente em 1900, é considerado uma obra inaugural, marcando a transição entre os artigos pré-psicanalíticos de Sigmund Freud e o início da psicanálise. Embora seja um tratado sobre o sonho, este trabalho também é visto como um ensaio de filosofia e mesmo uma narrativa literária: partindo de sonhos reais, Freud realizou análises através do mecanismo da associação livre para acessar as ideias latentes e os desejos reprimidos do narrador. O método, criado por um dos pensadores mais surpreendentes, originais e influentes do século XX, revolucionou nossa compreensão da natureza humana. Esta edição conta com a tradução de Walderedo Ismael de Oliveira.

Os condenados da terra, de Franz Fanon (Lido por Paula)

Zahar

Sinopse: A obra-prima do mais importante pensador da luta antirracista e anticolonial. Os condenados da terra é o ponto culminante de uma obra radical e incontornável abreviada pela morte precoce do psiquiatra martinicano Frantz Fanon, um dos pensadores mais revolucionários do século XX. Ao analisar a situação colonial, Fanon tensiona política, sociedade e indivíduo, demonstrando de forma clara as estratégias e efeitos do poder dominante — o resultado da opressão é raiva, dor e loucura. Com isso, o autor desmonta a lógica colonial europeia — branca, brutal e racista —, e propõe uma "descolonização do ser", afirmando: "É preciso mudar completamente, desenvolver um pensamento novo, tentar criar um homem novo." Só assim é possível criar um mundo realmente humano, onde a massa deserdada de homens e mulheres dos países colonizados e pobres — os condenados da terra — sejam os inventores de sua própria vida. Publicado em 1961, ano da morte de Fanon, que o escreveu doente e sabendo que o tempo era escasso, o livro é considerado um clássico absoluto, suma de seu pensamento e um tratado magistral sobre as relações entre colonialismo, racismo e insubmissão. Esta edição traz apresentação de Thula Pires, Wanderson Flor do Nascimento e Marcos Queiroz, além do prefácio de Jean-Paul Sartre à edição original de 1961 e texto de Cornel West.

Problemas de Gênero, de Judith Butler (Lido por Paula)

Civilização Brasileira – Grupo Record

Sinopse: O livro que fundou a Teoria Queer com nova capa e atualizacao ortografica Neste livro inspirador, que funda a Teoria Queer, Judith Butler apresenta uma critica contundente a um dos principais fundamentos do movimento feminista: a identidade.

Arquivo das crianças perdidas, Valeria Luiselli (Lido por Harper)

Alfaguara

Sinopse: Mesclando a crise familiar com a crise política do país, Arquivo das crianças perdidas mostra uma empatia única com a situação atual. Através de diversas vozes, sons e imagens, Valeria Luiselli cria um romance virtuoso. Uma família viaja de carro de Nova York para o Arizona durante as férias de verão, com o objetivo de chegar até a terra dos Apaches. No carro, eles passam o tempo como podem, com jogos e música, mas no rádio a notícia da "crise da imigração" não para de aparecer. Centenas de crianças cruzam a fronteira do México para os Estados Unidos só para serem presas do outro lado — ou pior, ficarem perdidas no deserto. Conforme a família passa pelos estados do Tennessee, Oklahoma e Texas, a crise que eles mesmos enfrentam se torna mais clara. Os pais se distanciam cada vez mais, e as crianças — um menino e uma menina — são puxadas para o abismo que se abre. Um livro de temática ampla, Arquivo das crianças perdidas reflete a onipresença da "crise da imigração" ao deixá-la como pano de fundo constante — Luiselli nunca traz a política para o foco de sua narrativa, mas sempre a insere no contexto. Arquivo das crianças perdidas é também uma crítica à tecnologia, uma análise sobre a volta do rádio como importante meio de comunicação, a estética vintage, entre outros. Mas seu maior tema é a escuta: este livro mostra como precisamos escutar tudo a nossa volta para melhor entender o mundo em que vivemos.

Para quem adorou The White Lotus e quer viver outra aventura em um hotel, indicamos o livro Hotel Portofino, de J. P. O'Connell, publicado pela Record. Veja a sinopse:

Bem-vindos ao Hotel Portofino, um belíssimo lugar na Riviera italiana, onde romance, festas e intrigas os aguardam. Na glamorosa atmosfera dos anos 1920, J. P. O'Connell constrói um drama inebriante que mostra que nem mesmo os lugares mais idílicos estão livres de problemas. O Hotel Portofino abriu suas portas há pouquíssimas semanas, mas sua proprietária, Bella Ainsworth, já enfrenta inúmeros problemas. Não é nada fácil agradar seus hóspedes ricos e exigentes, e não demora muito para que o empreendimento se torne alvo das maquinações de um político corrupto local que ameaça arrastá-la para os turbulentos acontecimentos políticos da Itália de Mussolini. Para piorar ainda mais a situação, seu casamento não anda nada bem, e seus filhos ainda estão se recuperando dos traumas da Grande Guerra. Alice ficou viúva e precisa treinar Constance, a babá de sua filhinha, e, quem sabe, se casar novamente. Mas todos os olhos estão voltados mesmo é para a chegada da potencial esposa de seu filho Lucian. Entretanto, nada transcorre como o planejado, o que pode gerar graves consequências para toda a sua família e para o próprio hotel. Ambientado na exuberante Riviera italiana, Hotel Portofino é uma história sobre como descobertas pessoais podem emergir mesmo nos períodos conturbados, como à sombra do fascismo na década de 1920, e sobre a influência libertadora dos encantos da cultura, da cozinha e da natureza da Itália, uma leitura perfeita para fãs de Downton Abbey e The Crown.