O gênero True Crime, ou crime real, incita muita curiosidade das pessoas devido ao teor realista e impactante da narrativa. O que mais chama a atenção é o fato do conteúdo ser totalmente voltado para investigação, com entrevistas de testemunhas, julgamentos e processos criminais.
Livros, filmes, séries e podcasts voltados para investigação de crimes têm ganhado muita atenção do público nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa feita pelo Parrot Analytics, as séries documentais sobre crimes que realmente aconteceram tiveram um crescimento de 63% entre janeiro de 2018 e março de 2021. E segundo o portal Hypeness, o público sente uma atração maior por esse assunto por pura curiosidade.
Se você gosta deste tipo de conteúdo e quer se aprofundar no tema, o Skeelo preparou uma seleção de livros com descontos. Para conferir, é só clicar aqui.
8 livros para conhecer o gênero True Crime
O caso Evandro, de Ivan Mizanzuk | HarperCollins

Sinopse: No início da década de 90, várias crianças desapareceram no Paraná. Em 6 de abril de 1992, na cidade de Guaratuba, litoral do estado, foi a vez do menino Evandro Ramos Caetano, de 6 anos. Poucos dias depois, seu corpo foi encontrado sem mãos, cabelos e vísceras, o que levou à suspeita de que ele fora sacrificado num ritual satânico. Passados três meses, numa reviravolta que deixou até os investigadores atônitos, sete pessoas — incluindo a esposa e a filha do prefeito da cidade — foram presas e confessaram o crime. O caso, que ficou conhecido como “As bruxas de Guaratuba”, teve imensa repercussão. Especulações sobre o crime diabólico preencheram páginas e mais páginas de jornais, e ocuparam a programação televisiva. Os desdobramentos judiciais se estenderam por cerca de três décadas. Neste livro reportagem, criado a partir da pesquisa feita para a quarta temporada do podcast Projeto Humanos, Ivan Mizanzuk conta como procedimentos investigativos contestáveis e denúncias de tortura puseram em xeque a validade não apenas do trabalho policial, mas também das confissões dos supostos culpados.
Favores vulgares, de Maureen Orth | Vestígio Editora

Sinopse: A história real da caçada que inspirou American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace, a segunda temporada da aclamada série do canal FX. Em 15 de julho de 1997, Gianni Versace foi morto a tiros nos degraus da entrada de sua mansão em Miami Beach pelo serial killer Andrew Cunanan. Mas, meses antes do assassinato de Versace, a premiada jornalista Maureen Orth já vinha investigando a história de Cunanan para a revista Vanity Fair. Escrito a partir de uma seleção de entrevistas com mais de 400 pessoas e insights obtidos de milhares de páginas de relatórios policiais, Favores vulgares conta a história completa de Andrew Cunanan, suas vítimas inadvertidas e o mundo opulento em que elas viveram… e morreram. Orth revela como Cunanan conheceu Versace e a razão pela qual a polícia e o FBI falharam repetidamente em capturá-lo. Esta é uma odisseia impossível de largar, que atravessa os Estados Unidos desde a rica comunidade gay da Califórnia aos modestos lares do Meio-Oeste, onde famílias se condoíam pela perda de seus filhos, chegando a uma decadente South Beach, na Flórida. Favores vulgares é ao mesmo tempo uma obra-prima do jornalismo investigativo e um fascinante relato sobre um sociopata, seus crimes e os mistérios que ele deixou para trás.
Daniella Perez: biografia, crime e justiça, de Bernardo Braga Pasqualette | Record

Sinopse: O mais completo relato investigativo sobre as circunstâncias e motivações do crime hediondo que vitimou a estrela em ascensão Daniella Perez. Em agosto de 1992, enquanto no Brasil emergia o movimento “caras-pintadas”, na televisão estreava a novela De Corpo e Alma, escrita por Glória Perez. Em meio a artistas consagrados, estava Daniella Perez, cujo sobrenome revelava se tratar da filha da autora. Bailarina por vocação e engatando o terceiro trabalho seguido na televisão, a jovem atriz se via diante de um enorme desafio: vencer a desconfiança da crítica acerca de seu talento. Dando vida à Yasmin, personagem tipicamente suburbana que gerou forte identificação no público, Daniella conquistou o público. O crescimento de sua popularidade, contudo, veio acompanhado de críticas de setores da mídia, que atribuíam seu êxito à influência materna. Guilherme de Pádua, colega de elenco e futuro algoz da jovem estrela, também pensava assim e começou a assediá-la, num movimento silenciosamente percebido nos bastidores da novela. Mesmo após o crime, ele nunca negou que se aproximara da atriz por interesse. Escrito sob a forma de uma reportagem literária, Daniella Perez: biografia, crime e justiça é composto de um perfil biográfico de Daniella e uma minuciosa análise do crime que a vitimou. O trabalho se valeu majoritariamente de fontes primárias, além de terem sido analisadas inúmeras reportagens sobre a investigação criminal, o julgamento e a execução das penas dos condenados, além do processo que os condenou por homicídio duplamente qualificado. Daniella Perez: biografia, crime e justiça é a história de uma estrela em ascensão e de sua partida precoce, mas é também o mais completo relato investigativo das circunstâncias e motivações de um crime hediondo, trazendo à luz todas as nuances de um crime bárbaro que causou enorme comoção em todo o país.
Eu terei sumido na escuridão, de Michelle Mcnamara | Vestígio Editora

Sinopse: Por mais de dez anos, um criminoso sexual misterioso e brutal violentou cinquenta pessoas no norte da Califórnia antes de se transferir para o sul, onde cometeu dez assassinatos perversos. Em 1986, desapareceu, evitando sua captura por 30 anos. Ao longo dessas três décadas, Michelle McNamara, uma jornalista investigativa que criou o popular website TrueCrimeDiary.com, se dedicou ao caso, determinada a encontrar o psicopata cruel que ela chamava de “Golden State Killer”, ou “Assassino do Estado Dourado”. Michelle se debruçou sobre relatórios policiais, entrevistou vítimas e mergulhou em comunidades online de pessoas tão obcecadas com o caso quanto ela. Sua investigação resultou em Eu terei sumido na escuridão, uma verdadeira obra-prima que apresenta um retrato emocional de um período da história americana e uma narrativa arrepiante sobre a obstinação de uma mulher em sua busca incansável pela verdade. Em 2018, meses após a publicação do livro nos Estados Unidos, Joseph James DeAngelo foi preso em Sacramento, Califórnia, finalmente identificado por meio de testes de DNA. McNamara, que fazia uso de medicamentos para ansiedade e transtorno do pânico, morreu de um mal súbito em 2016, aos 46 anos, e não pôde vivenciar seu triunfo. Mas, sem dúvida, seu trabalho ficará marcado como um clássico do true crime, e a obra que ajudou a lançar luz sobre o mistério do Golden State Killer.
O pior dos crimes, de Rogério Pagnan | Record

Sinopse: A história completa do assassinato que chocou o Brasil. Construído em ritmo de thriller, O pior dos crimes esmiúça o trágico caso que estarreceu a opinião pública de um país rotineiramente violento. Em 29 de março de 2008, Isabella, de 5 anos, foi atirada ainda com vida pela janela do sexto andar do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte da capital paulista, e morreu pouco depois de chegar ao hospital. O que se seguiu foi uma investigação e um processo repletos de pistas mal perseguidas, depoimentos de suspeitos com “pegadinhas”, uso de informações falsas, pressões indevidas para a obtenção de confissões, perícias criminais deficientes e um Ministério Público empolgado com os holofotes. Se o caso Nardoni representou ou não um erro judicial, se houve elementos suficientes para uma condenação “acima de qualquer dúvida razoável”, o leitor será capaz de dizer a partir da leitura deste instigante livro-reportagem.
Por que crianças matam, de Gitta Sereny | Vestígio Editora

Sinopse: Em 1968, Mary Bell, de 11 anos, foi julgada e condenada pelo assassinato de dois garotinhos em Newcastle upon Tyne, Inglaterra. Antes mesmo de ir ao tribunal, Mary Bell foi apresentada como a encarnação do mal, a “semente ruim”. Mas a jornalista Gitta Sereny, que cobriu o julgamento sensacionalista, nunca aceitou essa explicação. Ao longo dos anos, Sereny se deu conta de que, se quisermos entender as pressões que levam crianças a cometer crimes hediondos, precisamos voltar nosso olhar para os adultos que elas se tornaram. Passados 27 anos de sua condenação, Mary Bell concordou em falar com Sereny sobre a sua infância angustiante, os dois terríveis atos cometidos no intervalo de nove semanas, o seu julgamento público e os doze anos de detenção. Em Por que crianças matam, Bell e Sereny discutem o que ela fez e o que foi feito a ela, bem como a criança que era e a pessoa que se tornou. Nada do que Mary Bell disse nos cinco meses de conversas intensas serve como desculpa para seus crimes: ela mesma rejeita qualquer atenuação nesse sentido. Mas sua história devastadora nos força a pensar na responsabilidade da sociedade sobre crianças que são levadas ao limite.
American Crime Story: o povo contra O.J. Simpson, de Jeffrey Toobin | Darkside

Sinopse: Craque recordista da NFL, a liga de futebol americano, o ídolo O.J. Simpson estava acima do bem e do mal. Seria pouco compará-lo ao goleiro Bruno, condenado pelo desaparecimento da mãe de seu filho. Simpson era o equivalente a Pelé, Messi ou Neymar em seu país. Tente agora imaginar a comoção que um país inteiro sentiu ao ver um herói do porte de O.J. ser acusado de um crime tão brutal: o assassinato de sua esposa, Nicole Brown, e do amigo dela, Ronald Goldman, a facadas. Em 13 de junho de 1994, tinha início um dos mais infames casos da história criminal dos Estados Unidos.
American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson é o mais completo livro sobre o caso, e foi escrito por Jeffrey Toobin, repórter que cobriu o julgamento para a revista New Yorker. Mesmo partindo do princípio que Simpson era culpado, o livro apresenta informações minuciosas que ajudam a desvendar por que O.J. foi inocentado naquele grande circo que virou seu julgamento. E que julgamento! Os autos totalizaram mais de 50 mil páginas e 1 milhão de linhas escritas.
Durante 372 dias, foram ouvidas 133 testemunhas. Tudo isso está registrado em American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson. Um gigantesco evento da mídia global, acompanhado por mais de 20 milhões de espectadores – recorde superior à chegada do homem à Lua –, aquele foi um dos primeiros casos de tribunal a utilizar a moderna ciência forense como parte das evidências. Se hoje você curte CSI, acredite, tudo começou para valer no caso O.J.
BÔNUS!
Serial Killers – Anatomia do Mal, de Harold Schechter | Darkside

Sinopse: O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que move – e o que pode deter – assassinos em série como Ed Gein, o psicopata americano que inspirou os mais célebres maníacos do cinema, como Norman Bates (Psicose, de Alfred Hitchcok), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hooper) e Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme). Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria?
As respostas estão no livro da editora DarkSide® Books: SERIAL KILLERS: ANATOMIA DO MAL, dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história. Escrito por Harold Schechter – que pesquisa o tema há mais de três décadas e já publicou, inclusive, a biografia de Ed Gein, Deviant (1998) -, o livro é referência fundamental a todos os que se interessam pelo universo da investigação e da criminologia.
Pontuado por curiosidades macabras, dados científicos e fatos pouco conhecidos sobre a trajetória dos principais criminosos em série dos Estados Unidos, SERIAL KILLERS: ANATOMIA DO MAL abrange desde a criação do termo serial killer no início do Século XX (conforme exibido na série MINDHUNTER, da Netflix) até o fascínio exercido por matadores seriais na cultura pop (cinema, música e literatura).
Com clareza, ritmo e muita informação, Harold Schechter traça perfis psicológicos impressionantes de criminosos que desafiaram a polícia, viraram notícia e continuam a nos assombrar nas telas da TV e do cinema. Além de Ed Gein, a galeria de personagens sinistros inclui o canibal Jeffrey Dahmer, que chegou a matar e devorar uma pessoa por semana no verão de 1991; a ex-prostituta Aillen Wuornos (inspiração para o filme Monster), que, depois de confessar seis assassinatos, pediu para ser condenada à morte para interromper a matança; o assassino Zodíaco (cuja verdadeira identidade é desconhecida até hoje); Charles Manson, o lunático que comandou o assassinato da atriz Sharon Tate em um ritual macabro; e Green River Killer, principal assassino de prostitutas da história, só capturado pela polícia com a ajuda de outro serial killer.
Curtiu o conteúdo? Leia também outros artigos do Blog do Skeelo.
10 livros de suspense de arrepiar os cabelos
Folclore brasileiro: conheça livros que exaltam a tradição das nossas lendas
Leer+: leia onde, como e quantos livros quiser!
Acompanhe nossas redes sociais, estamos presentes no Facebook, Instagram, Twitter, Telegram e YouTube.
Um comentário sobre “True Crime: conheça o gênero literário que ganhou notoriedade na cultura pop”